sexta-feira, julho 16

E por que sempre nos (in)conformamos?

Estréio agora uma série no meu blog! "Trilha Sonora do Post"
Não que a música esteja relacionada ao post, mas resolvi dizer algumas músicas que podem ser legais de conhecer (ou reouvir se você já conhece). E você pode ouvir enquanto lê. E sinta-se à vontade para não conhecê-la também. Ou criticá-la aqui.
A música de estréia é "Suite Nº 2 for Flute and Jazz Piano Trio" by Claude Bolling.
Aqui vai os vídeos que eu achei no YouTube. Infelizmente não achei todas as performances do áudio original com o Claude Bolling & Jean-Pierre Rampal. Logo, tem umas performances ao vivo e as qualidades de áudio são diferentes. A peça possui 7 movimentos e eu recomendo ouvir todos. Mas, se você não tiver saco pra isso (muitas vezes eu não tenho), recomendo o 2º mov: Amoureuse e o 7º mov: Jazzy. A primeira opção é mais lentinha e melosa. Já a segunda é bem mais movimentada, com aquela bateria fazendo aquela levada que lembra mais jazz.
http://www.youtube.com/view_play_list?p=B67CCFEBD98FDC85

Depois deste post, me ausentarei por uma semana. Vou para o X Festival de Música de Ourinhos! Já vejo todos vocês, clamando pela minha volta (AHAM Cah, senta lá ¬¬").
Após uma longa conversa ao telefone, que renderá vários temas para postar. Um me deu vontade de comentar. E sim, eu já tinha postado isso no meu fotolog, com um macaco fazendo pose de incorfomado. Mas, esse é um assunto que sempre vem à tona. Só que hoje não vou falar apenas o como me inconformo com várias coisas, mas sim como no fim, sempre acabo aceitando.
Várias coisas que eu vejo e penso: "mas não deveria ser assim!". Ou "por que não mudamos isso?". Pra mim era simples assim, antigamente. Santa ignorãncia. Eu achava que o simples fato de eu não achar tal coisa certa, a fazia errada.
Mas até que eu percebi que todos não vivem na mesma bolha que eu. Às vezes, ou melhor, na maioria das vezes, a mudança não depende só de você. E aqueles que concordam com o que você pensa, não tem influência suficiente para fazer alguma mudança acontecer. Mesmo assim, eu tento agir e ser diferente de algumas pessoas. Não sabendo se está fazendo a diferença ou não. Se alguém consegue te ver ali, ou se já tem tanto cinza ao seu redor que mesmo sendo branco, acaba ganhando a mesma tonalidade dos outros.
Contudo, logo que percebemos que somos um contra dez, acabamos aceitando. Simplesmente desistimos. Pois, remar contra a maré causa fadiga. E muitas vezes para mudarmos o rumo do barco, temos que brigar com a tripulação inteira. E não é isso que queremos: atracar sozinhos numa ilha desconhecida, que no final, pode até não ser o que esperávamos.
Tem aquelas mudanças que só dependem da gente. Mas, mesmo assim a gente não faz. Desistimos antes mesmo de colocar o barco no mar, pois acreditamos de qualquer forma o barco vai virar, com o poder das ondas. E assim, acabamos de novo aceitando o fato de que não somos fortes o suficientes para tentar.
Já não sei mais o que é 'certo' nisso, se é que existe o errado. Pois, eu acho que todos deveriam se incorformar com muitas coisas do mundo, afinal tem muita coisa podre. Porém, até que ponto é válido toda essa revolta, se ela não gera mudança alguma? É fácil é vir aqui e ficar reclamando do mundo por um post na internet. Mas vai pedir pra eu ir lá fora e gritar pra todo mundo ouvir. Me falta muita coragem e falta ouvidos.
Isso não significa que pararei de reclamar pra sempre. Pois, este blog nada mais é que uma forma de extravasar meus pensamentos (e uma forma de ganhar muitas barras de dinheiros). E se estou querendo falar mal, vou falar.
Esse post não tem conclusão nenhuma. É apenas para gerar uma reflexão, passível de discussão.
E enquanto vocês pensam no que comentar (ou não...), estou aqui pensando no como posso agir.

3 comentários:

Gabriel disse...

Já dizia o orkut, "Seja a mudança que quer ver no mundo".
De um certo modo eu concordo, pois mesmo que não tenha muita gente para seguir, agindo diferente você não deixa de ser um exemplo, e quem sabe alguém percebe e muda também, outra pessoa percebe a mudança dessa primeira, e com isso vai espalhando e tal. Mesmo que beem aos poucos .-.

*comentário curto para variar XD*

Unknown disse...

Será culpa da fadiga ou de tapas na cara? Mas com certeza já fui mais inconformado, cada dia aceito mais as coisas. Gostaria de poder fazer mais coisas pelo mundo (megalomania?), mas muitas vezes o egoísmo bate e só quero viver minha vidinha pacata, sem ter que pensar em nenhum problema. Não sei até que ponto isso é bom ou ruim.
Talvez o mais difícil disso tudo seja mudarmos nós mesmos, encontrarmos um equilíbrio. Não que isso torne todo o restante muito fácil de se fazer e entender, mas já é um bom passo.

Em breve ouvirei as músicas e comentarei.

Bjos

Alberto K. disse...

Acho que o que acontece conosco, é como quando empurramos um bloco sobre um terreno com atrito: a tendência natural do ser humano é procurar o jeito mais fácil, o mais parado possível (frase complicada... pense sobre a generalidade dela... será que estou certo???)... mas existem forças que nos jogam para frente, e nos fazem vencer o atrito... quanto maior o atrito, maior a força necessária.

Talvez a angústia e culpa sejam boas forças propulsoras: quando vc dota pessoas de conhecimentos sobre as coisas que ocorrem no mundo, elas começam a se sentir culpadas de não estarem fazendo nada, mesmo sabendo que podem fazer, por que sabem que algo precisa e pode ser feito (e isso funciona em todo caso, basta cavocar nas raízes do modo de funcionamento do capitalismo!)...

Bom ter lido isso: resolvi escrever sobre modos de pensar! hehe

Claro, tentando metaforizar a coisa!

Beijo!